domingo, 31 de outubro de 2010

Tudo e nada...


Faz tempo que não escrevo, o pior é que por muitas vezes senti vontade só que tive um tipo de bloqueio ou algo do gênero. Nunca foi minha intenção transformar meu blog em um “querido diário”, nem tenho mais idade para isso...só que também não queria que fosse tudo serio demais, importante demais...a intenção é apenas escrever o que penso sobre determinados assuntos, nada profissional e nem pessoal, porém sempre acaba escapando uma dessas coisas quando escrevo.


Voltando ao titulo...tenho vontade de escrever sobre tantas coisas que acabo não escrevendo sobre nada. Eu sei que não são muitas pessoas que leem o que escrevo aqui, mas as poucas (duas ou três pessoas) me cobram a atualização do blog...rsrsrs...é engraçado minha percepção vista de um jeito, assim...tão realista né...rsrsrs...que seja!


Então agora vou esvaziar minha mente com meus pensamentos entulhados, assim provando para mim mesma minha existência. PENSO, LOGO EXISTO...bem clichê né kkk

Mudanças


Você já desejou tanto algo ou alguém que antes de dormir e quando acorda sem quere fica pensando e planejando sua vida a partir daquele momento para que esse desejo se torne realidade e pare de ser um motivo de frustração por ainda não possuir/ser do jeito que quer?
Tudo muda com uma frequência absurda, mudam as pessoas, mudam as situações, mas aquilo que você espera que mude parece que nunca vai mudar ou pior sempre tende a piorar...tudo bem, piorar é um tipo de mudança, mas não a que se espera. O fato é que na maioria das vezes quando mesmo convicto de que nada vai mudar, existe alguma coisa dentro da gente que ainda esta esperando acontecer e nos faz insistir...e acabamos tentando mudar nós mesmos como se isso fosse gerar a mudança fora de nós. E isso não é como mudar um móvel de lugar por que você se cansou de vê-lo ali perto da janela. É difícil se acostumar, é difícil esperar para se certificar se a mudança vai trazer resultado ou não, às vezes trazem, mas logo tudo volta a ser como era e você já esta outra vez em sua cama planejando mudar outra vez...

Caminhando contra o vento


Desde pequena sempre adorei andar de bicicleta, habito mais que normal para os 136.236 habitantes (IBGE 2007, não encontrei nada mais atualizado, mas já da pra ter uma noção) de Pindamonhangaba, cidade em que nasci e fui criada até meus 12 anos e que como uma boa filha prodiga sempre retorno por ligações familiares e amores de todos os tipos.


Atualmente mora em São José dos Campos e entre amigos costumo me gabar por morar na capital do Vale do Paraíba, cidade tecnológica, sabe como é...rsrsrs. Mas aqui é quase impossível andar de bicicleta, tem que ser muito guerreiro(a) para se aventurar nos morros e entre o transito doido daqui, principalmente por que na região onde moro não existem investimentos em ciclovias...mas nem que tivesse a cada reta três morros, nem dá! Mas sempre quando estou em Pinda tento tirar o atraso e dar uns “roles de magrela”, além de economizar é claro rsrsrs...


Alguns dias atrás quis me aventurar e fazer um trajeto que nunca havia feito, na verdade nem é muita coisa, mas sou uma garota, não do tipo patricinha, mas sou uma garota e certas coisas parecem mais difícil, visão preconceituosa e machista, eu sei! Então, estava na casa do meu namorado (o nome dele é Jonathan, então quando falar este nome já sabem quem é, “meu namorado” não é bem uma das frases que mais gosto de ficar pronunciando, é meu namorado, mas tem nome...esquisitice minha, quem me conhece sabe rs) que mora em Moreira Cesar - distrito de Pinda, e resolvi ir para a casa da minha mãe que fica em um bairro próximo a estrada velha que vai para Taubaté. Na verdade nem sei quantos quilômetros dá, mas quero esganar todos que disseram: - É pertinho, faço em 15 minutinhos! =/ se é longe não sei, mas que deu pra cansar...ah deu viu! Toda essa contextualização só para falar do prazer que senti na tarde do dia 11 de outubro de 2010...fazia um certo tempo que não andava de bicicleta (que bobeira né), e bateu uma vontade, e foi tão bom, me senti livre...contralava a situação. Tentei prestar o máximo de atenção no transito devido a minha leve tendência em levar tombos de bicicleta, mas quis observar tudo o que acontecia em quanto pedalava. E apesar daquele dia não estar favorável para um passeio de bicicleta (nublado e alguns momentos caia uma garoa fina), só via pessoas indo e vindo trabalhar, nada de passeios, nada de comprimentos, sempre olhando para baixo, parecendo não querer ver a distancia, esperando chegar logo ao destino. Ah e os carros, nas estradas faziam do lugar em que passavam grandes lixeiras, despejando lixos pela janela e achando graça em ver o vento levar...sem tirar o desrespeito com os ciclistas, parecia que nem estava ali, toda hora um carro me fechando, não respeitando o sinal vermelho e a faixa de pedestres. Em um lugar tão favorável para a utilização do meio de transporte não poluente essa indiferença, trágico!


Mas por outro lado...ah, é bem melhor que ver a vida acontecer da janela do ônibus (assunto de um dos meus textos anteriores), sensação de liberdade; do vento no rosto; do cheirinho das arvores, flores; do asfalto molhado; de ver o tiozinho com sua bicicleta vendendo coxinha e cafezinho, do cachorro correndo atrás de você tentando te morder rsrrs...ah é sentir a vida acontecer...é uma sensação maravilhosa de: Tô no controle...rs...é engraçado, mas é assim que me sinto.


Tudo isso para gerar uma reflexão: o que te fazer se sentir assim? Tem prestado atenção e dado valor nas coisas simples que costuma fazer? Talvez se começássemos a prestar mais atenção em situações rotineiras, como ir trabalhar todos os dias de bicicleta, ou qualquer outra coisa, poderíamos torna-las mais prazerosas e menos chatas e corriqueiras...pois se fizesse o mesmo trajeto de Moreira Cesar até a casa de minha mãe todos os dias (tah todo dia eu não aguentaria...rs), cada dia viveria uma situação que dependeria só de mim torna-la agradável ou não.


Galera...vamos andar mais bicicleta, praticar atividades físicas e poluir menos o meio ambiente =]